Estudantes e professores do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO) e outros profissionais e interessados nas áreas de Engenharia Ambiental e Sanitária e Engenharia de Produção se reuniram nos dias 9 e 10 de outubro nas atividades da III Semana Acadêmica das Engenharias, realizadas no Auditório Omar Magalhães e no Tribunal do Júri, no Campus Antonio Paulo Capanema de Souza.
Na abertura do evento o professor José Feres Abido Miranda, Pró-Reitor Acadêmico, ressaltou a importância dos cursos de Ciência e Tecnologia do UNIFESO para o desenvolvimento da região. “Em todo o país há carência de profissionais nesta área e como a nossa Instituição é voltada para atender as necessidades de nossa comunidade e de nosso país, o desenvolvimento dos cursos vem atender hoje a uma demanda nacional de mão de obra qualificada”, disse o Pró-Reitor. A professora Vivian Telles Paim, coordenadora dos cursos de Engenharia Ambiental e Sanitária e Engenharia de Produção, adiantou sua expectativa em relação ao evento, desejando “que seja amplamente utilizado como um espaço de intercâmbio de ideias, diálogos, e principalmente de contribuição profissional para nossos futuros engenheiros”.
Temas polêmicos
Em seguida as atividades se iniciaram com a palestra “Contribuição da fonte nuclear na matriz energética brasileira”, ministrada pelo professor doutor Aquilino Senra, Presidente das Indústrias Nucleares do Brasil - empresa de economia mista que detém o monopólio da mineração e beneficiamento do urânio.
“Estamos passando por uma situação clara de redução da produção hidrelétrica devido ao problema das mudanças climáticas. Com isso, é necessário fazer uma complementação da matriz energética, e uma das opções é a nuclear – que embora a participação seja pequena tem dado uma contribuição importante, porque se ela não existisse teríamos risco de apagão no país. É uma fonte em que o Brasil domina a tecnologia, faz a utilização e tem a matéria-prima, que é o urânio”, explicou o palestrante.
Ele falou sobre questionamentos acerca do uso da energia nuclear para fins de geração de energia elétrica, dizendo não ter dúvida de que “nos próximos anos a energia nuclear vai desempenhar um papel importante na geração de energia elétrica, pois tem inúmeras aplicações socialmente aceitas como em segmentos da medicina, da agricultura, da indústria, muito além do que vai o imaginário popular que só a assimila com bombas e desastres em usinas”.
A programação também contou com temas pertinentes às diversas áreas da Engenharia, tratando questões como a gestão profissional, regulamentação e responsabilidades do profissional; mudanças climáticas em ecossistemas de montanhas; os desafios do engenheiro de produção na integração da cadeia de suprimentos e as perícias ambientais judiciais.
Para o estudante Gustavo Medeiros, do 4º período do curso de Engenharia de Produção, a palestra que mais chamou atenção foi a do engenheiro Hugo Bassi, da Petrobras. “Ele explicou seu trabalho e demonstrou as habilidades e competências de um profissional da área em que escolhemos atuar. Foi muito proveitoso este encontro, pois pudemos perceber como aplicamos as disciplinas que aprendemos no ambiente acadêmico na prática, demonstrando que além do conhecimento adquirido na universidade o engenheiro tem que ter senso critico para tomada de decisões corretas”, avaliou o estudante.