Estudantes do curso de Medicina do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO) se encontraram no Campus Antonio Capanema de Souza, no dia 3 de maio, para participar da palestra “Gênero e Sexualidade: correlações e diferenças”, ministrada pelo professo Daniel Segenreich, do Instituto de Psiquiatria (IPUB) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O evento lotou o auditório do Tribunal do Júri com acadêmicos interessados no tema, como Isabelle Gamberoni Assumpção, do terceiro período. Segundo ela, assuntos relacionados a Gênero e Sexualidade ainda não fazem parte dos currículos oficiais pedidos pelo Ministério da Educação, mas são demanda em todas as áreas de atuação médica.
“É nosso dever saber no mínimo como nos portar. Por definição, a mente da pessoa com disforia de gênero nasce em discordância ao seu sexo de nascimento o que gera sofrimento, confusão até que possam viver com essa condição. Nós da área de saúde em geral temos que ficar atentos às demandas dos pacientes e das suas necessidades uma vez que o objetivo central da nossa carreira é ajudá-los. O papel do médico generalista na disforia de gênero é saber reconhecer aspectos básicos, saber encaminhar ao especialista (no caso o psiquiatra) como também saber acolhê-lo e reduzir seu sofrimento. O objetivo de trazer essa discussão para dentro do curso de Medicina tem como questão central focar na consciência dos futuros médicos para que saibam cumprir esse papel com competência”, explicou Isabelle.
O evento foi uma iniciativa do Coletivo Amplo – Medicina Teresópolis, um movimento estudantil formado por discentes do curso de Medicina do UNIFESO que buscam o fim da opressão no ambiente universitário através da conscientização e discussão sobre o impacto dos preconceitos na sociedade, especialmente dentro do Centro Universitário.