Em abril, mês da conscientização sobre o autismo, o professor Annibal Coelho de Amorim, supervisor do Internato do curso de Medicina do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO) na área de Saúde Coletiva, convida a comunidade acadêmica e a população para assistir ao documentário “Um Dia Especial”. O filme será exibido gratuitamente no dia 8 de abril, às 15h, no Sesc Teresópolis, seguido de um debate.
Sobre o filme
De acordo com o resumo da trama, “Um dia especial” acompanha o decorrer de um dia na vida de diversas famílias brasileiras com filhos autistas e outras síndromes raras. Através dos reveladores depoimentos de um grupo de mães, mostra o desafio de criar um filho especial. Ao final dessa jornada, que se repete diariamente, as extraordinárias mulheres se descobrem tão especiais quanto seus filhos. O documentário tem a coordenação geral do professor Annibal e a produção do seu filho, o cineasta Yuri Amorim, em parceria com o Instituto Educateur. Interessados podem acompanhar mais informações sobre o filme e os assuntos relacionados através da fanpage: Um dia especial.
Trabalhando a deficiência na Saúde Coletiva
Annibal é neurologista da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), vinculado à International Cooperation Agency (JICA), do Japão, onde participou de uma série de treinamentos. Em suas pesquisas na área de reabilitação, ele também participou da concepção, produção e revisão do roteiro do vídeo “Above the Waves”, filme distribuído em mais de 53 países, mostrando entrevistas com mães de filhos com deficiência intelectual e autismo no Brasil, Colômbia, Malásia e Tailândia. Em sua atuação como coordenador de diversos workshops de advocacia em causa própria, voltados para mães que têm filhos com deficiência e/ou autismo, Annibal teve o contato com uma das protagonistas do filme que sugeriu fazer uma produção mais próxima da realidade do Brasil. Ele aceitou o desafio e o resultado foi o documentário nacional “Um dia especial”, utilizado como ferramenta de tecnologia social para trabalhar a deficiência na saúde coletiva.
De acordo com Annibal, este é o começo de um grande trabalho que visa proporcionar esclarecimento e conscientização de profissionais, estudantes e população em geral acerca da importância, da legislação e dos direitos que estas pessoas com necessidades especiais têm. “A ideia é posteriormente oferecer um curso de extensão aberto à comunidade e aos profissionais para ensinar o que é a advocacia em causa própria, o que dá a oportunidade que estas pessoas se emancipem e não fiquem tuteladas a um médico, pois carregam um saber da vida, talvez precisem ser ajudadas a compreenderem a força que têm e a partir dali se organizem como redes”, previu o professor.