A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, vem intensificando as ações de reflorestamento em Teresópolis, priorizando a recomposição da faixa marginal de proteção dos rios da cidade. A iniciativa, que acontece desde o ano passado, serve como medida preventiva para garantir o bom escoamento das águas, evitando problemas de enchentes e de alagamentos durante o período das fortes chuvas de verão.
Esta semana, as margens do Rio Paquequer, na altura do bairro da Beira Linha, estão recebendo o plantio de mudas nativas da Mata Atlântica. A ação já aconteceu no Bom Retiro e no Meudon e agora segue em direção ao Caxangá. A atividade será levada também aos bairros de Pimenteiras e Fischer.
Depois do plantio, funcionários da secretaria seguem com a instalação de uma cerca de mourões de eucalipto para evitar que os veículos estacionem e danifiquem as mudas e também para inibir as pessoas de jogarem lixo no rio.
A limpeza dos rios está sendo feita pelo Inea – Instituto Estadual do Ambiente, órgão da Secretaria de Estado do Ambiente, através do programa do Governo do Estado de desassoreamento e limpeza de corpos hídricos, o ‘Limpa Rio’.
A proposta é aumentar a capacidade de vazão da água na temporada de chuva, evitando transbordamento e diminuindo a probabilidade de cheias. Em Teresópolis, o programa já beneficiou o Rio Paquequer, no centro da cidade, e também os cursos d’água que cortam os bairros da Posse, Campo Grande, Caleme e região.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, André de Mello, é importante que a população coopere com os cuidados tomados pelo município. “Esperamos que a comunidade cuide do que é dela, mantendo o bom estado da cerca e não jogando lixo no rio. Plantamos as árvores também em tamanho ideal para que não precisem de rega nem adubação, sobrevivendo a qualquer temperatura e cumprindo o seu papel”, comentou De Mello.
Mata ciliar
O reflorestamento está recompondo a mata ciliar, formação vegetal nativa que fica às margens do rio e que é considerada área de preservação permanente pelo código florestal federal. Ela serve de proteção dos cursos d’água, reduz a erosão das margens e o assoreamento dos rios, bem como a força da água. Além disso, forma corredores que contribuem para a conservação da biodiversidade, fornecendo alimento e abrigo para a fauna, constituindo barreiras naturais contra a disseminação de pragas e doenças na agricultura. Durante o seu crescimento, a mata ciliar absorve e fixa dióxido de carbono, um dos principais gases responsáveis pelas mudanças climáticas que afetam o planeta.