Vestidos a caráter, com roupas de época (início do século 20), as sete mulheres e quatro homens, entre estes o sorridente e simpático maestro Celso Branco, apresentaram 11 canções de nomes como Noel Rosa, Ernesto Nazareth e Ismael Silva, entre outros. “Cidade Mulher”, de Noel, abriu o espetáculo.
“A música foi uma homenagem de Noel Rosa à cidade do Rio de Janeiro”, explicou Branco, antes de o grupo — que tem dois anos — começar a cantar versos como “Cidade do Amor/ Cidade Mulher (...)”. “Nossa intenção é resgatar a música do Rio Antigo, especialmente aquela que está quase esquecida, que não toca em lugar nenhum. Nosso repertório vai de ‘Mil e Novecentos e Pouquinho’ a ‘Mil e Novecentos e Cinquenta e Pouquinho’”, brincou o maestro.
O show teve seu momento “Clube da Luluzinha”, quando apenas as mulheres do grupo interpretaram o samba “Tipo Zero”, de Noel Rosa, que também é parte da peça “A Noiva do Condutor”. Lembrando que alguns problemas da cidade do Rio são “eternos”, Celso Branco anunciou o samba-choro “Cidade Lagoa”, de Sebastião Fonseca e Cícero Nunes, que fala de forma bem-humorada sobre as enchentes que até hoje assolam a capital do estado quando chove mais forte.
O show terminaria com o chorinho “Odeon”, de Ernesto Nazareth, muito bem executado pelo grupo. Mas, um “coro” puxado pela organizadora da “Música na Matriz”, Célia Seabra, e encorajado pela dama do teatro teresopolitano, Edinar Corradini, entre outros na plateia, fez o Rio Antigo executar um “bis”: o samba “Se Você Jurar”, de Ismael Silva.
Ao final, aplaudidos de pé, os componentes pediram para o maestro anunciar que, no dia 11 de novembro deste ano, o grupo voltará a Teresópolis para participar do Festival “Canta Terê”, de corais e grupos vocais, no Comary.