Um “ingênuo” veterano, com uma obra reconhecida internacionalmente. Assim pode ser definido o pintor “naïf” Jonathas Araujo - ou J. Araujo, seu nome artístico -, que acaba de inaugurar exposição na Casa de Cultura Adolpho Bloch, em Araras, organizada pelo curador da Casa, Ricardo Guarilha. A mostra pode ser vista até 18 de setembro, de segunda a domingo, das 10 às 17h.
Nascido em Salvador, Bahia, em 1940, morador do Rio de Janeiro, para onde veio com os pais aos 8 anos. Frequentador de Teresópolis, J. Araujo iniciou sua experiência artística como autodidata por influência da mãe e, em 1957, deu seus primeiros passos na pintura. Morador de Copacabana, ali teve a oportunidade de conviver com pintores hoje famosos e conheceu Jorge Beltrão, o primeiro marchand brasileiro que, encantado com a sua arte "naïf", convidou-o para expor na galeria Montmartre Jorge, de sua propriedade. Foi a primeira exposição individual de Araujo.
A partir daí, sua carreira como pintor teve grande ascensão e suas obras foram expostas em dezenas de galerias no Brasil e em cidades como Frankfurt, Nova York, Lausanne e Zurich, além de passarem a pertencer a acervos de museus internacionais, como Anatole Jakowisky, na França; Museu de Pully, na Suíça; e, no Brasil, no Museu Internacional de Arte Naïf, no Rio de Janeiro.
Além disso, Araujo desenvolve seu trabalho como ilustrador para produtos variados de marcas tradicionais no Brasil e no exterior, criando também incríveis imagens para catálogos, livros infantis, didáticos, calendários e cartões de Natal, expandindo sua arte a diversos suportes, sem perder, no entanto, a essência original.