terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Campanha de prevenção e combate à hanseníase


Manchas na pele alertam para a grave doença

Durante esta semana, equipe do Programa de Controle à Hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde investe na distribuição de folhetos explicativos e na orientação sobre a doença nos postos de saúde. A ação marca o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, celebrado no último domingo do mês de janeiro. O objetivo é oferecer informações sobre prevenção e tratamento da doença.

“Os cerca de 50 agentes comunitários de saúde lotados nos postos da estratégia de saúde da família passam por uma rápida capacitação para repassar as informações recebidas em seus locais de trabalho, explicando os principais sintomas da doença e orientando sobre o tratamento”, revela a dermatologista Deise Cavallieri, coordenadora do Programa de Controle da Hanseníase.

Ela orienta: as pessoas com manchas na pele em qualquer parte do corpo, com diminuição da sensibilidade e outros sintomas da doença devem procurar a unidade de saúde mais próxima para fazer o diagnóstico. O tratamento dura de seis meses a um ano, com medicamento doado pela Secretaria Municipal de Saúde. Atualmente o programa atende a dois pacientes. O número está dentro da meta da Organização Mundial de Saúde, de ter um caso de hanseníase para cada dez mil habitantes.

Informações também podem ser obtidas na Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde (Rua Júlio Rosa, 366 – Tijuca), com atendimento de segunda a sexta, das 7h às 10h. O telefone para informações é (21) 2742-9883.

A doença: sintomas e tratamento

Causada pelo bacilo de Hansen, a hanseníase é uma doença infecciosa que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. É transmitida através de tosse e espirro da pessoa doente e que ainda não recebeu tratamento.

Os principais sintomas e sinais da hanseníase são: manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo e áreas da pele que não coçam, mas formigam e ficam dormentes, com diminuição ou ausência de dor, da sensibilidade ao calor, ao frio e ao toque.

O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo e varia de dois a cinco anos. É importante que ao perceber algum sinal, a pessoa com suspeita da doença não se automedique e procure imediatamente o serviço de saúde mais próximo.

A hanseníase pode causar deformidades físicas, que podem ser evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Todos os casos de hanseníase têm tratamento e cura. Não é necessário o isolamento do paciente. Os remédios são distribuídos de graça e devem ser tomados em casa e uma vez por mês na unidade de saúde.