Na tarde desta terça-feira, 2 de abril, o Secretário de Cultura de Teresópolis,
Wanderley Peres, e o Subsecretário, Arnaldo Almeida, receberam dois arquitetos
do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). O objetivo da visita foi
avaliar o atual estado do Mirante da Granja Guarani, visando os estudos para a
preparação do projeto de restauração do local.
Na
ocasião, foi entregue ao Secretário um documento com estudos
preliminares realizados pelo Inepac com vistas aos projetos de restauração do
mirante e também o projeto de paisagismo para o entorno do atrativo. Mas, até
que seja definido, aprovado e executado o projeto de restauração, a Prefeitura
irá zelar pelo terreno, cercando a área já demarcada, de 1.800m2 e cuidando de
sua limpeza e manutenção, evitando assim que a edificação sofra maiores danos e
ações de vandalismo.
A ação inclui ainda a colocação de um portão no local,
controlado pela Guarda Municipal, com o intuito de impedir a entrada de animais
e pessoas mal intencionadas na área.
O
trabalho tem o amparo do Inepac. “Por ser um bem tombado e guardar
características importantes da época, é fundamental que a edificação seja
resguardada. Assim, apoiamos em 100% as medidas adotadas pela Prefeitura em
demarcar, cercar e zelar pela área até que possamos executar o projeto de
restauração”, comentou o arquiteto Marcos Bittencourt, lembrando ainda que,
embora os azulejos – cuja restauração é a maior dificuldade do projeto – estejam
muito danificados, existem técnicas modernas que permitem sua restauração. “A
questão hoje é definir que tipo de técnica será mais adequada para obtermos o
melhor resultado”, completou.
Tombado
pelo Inepac desde 1988, o Mirante da Granja Guarani é um importante atrativo
turístico e histórico de Teresópolis, como explica o Secretário Wanderley.
“O complexo é da década de 20 do século passado e de grande importância para a
história do município. Foi cenário para chás da tarde de senhoras da sociedade e
de lá vê-se uma das mais belas vistas do Alto e da Granja Comary. Em seus
azulejos portugueses, estão narradas quatro lendas indígenas e mesmo sem o
telhado, ainda hoje a acústica perfeita impressiona. Sem dúvida, trata-se de uma
edificação que merece ser recuperada e devolvida à população”, comenta o
secretário.