sexta-feira, 27 de abril de 2012

Só promessas... Nenhuma casa foi reconstruída após tragédia de 2011 em Teresópolis

Tragédia de 2011 - Foto de arquivo

Promessas dos Governos Estadual e Federal, visitas de políticos, promoção pessoal, desculpas sem base e o paliativo do aluguel social. Tudo isso faz parte da "novela" da construção (ou reconstrução) de casas para abrigar definitivamente os desabrigados das chuvas de Janeiro de 2011.

Depois de um ano e três meses da tragédia das chuvas que atingiram a região serrana do estado do Rio, nenhuma obra de reconstrução de casas em Teresópolis foi feita no município. A constatação do fato, que todo teresopolitano já sabia, é da "Comissão de Representação da Assembleia Legislativa do Estado" (Alerj), instaurada para fiscalizar os investimentos programados pelos governos federal, estadual e dos municípios atingidos.

Mais conversa

Os deputados constaram que, até agora, "nenhuma habitação foi construída". Para Luiz Paulo, a tragédia que atingiu a serra fluminense está sendo tratada "como uma coisa de rotina e não como algo excepcional. Ele garantiu que todos os sete municípios afetados pelas chuvas serão vistoriados pela comissão. E que vai se reunir com o secretário de Habitação do estado, Rafael Picciani. "Vou conversar com o secretário para saber o que está pegando e como é que serão solucionados os problemas".

Nota da Redação: A proximidade do fim do aluguel social e a simples passagem do tempo, assim como a notória perda da credibilidade das autoridades, notadamente as estaduais, lideradas pelo Governador Sérgio Cabral (o Estado é o responsável direto pela construção das casas), causada pelas repetidas promessas sem efeito prático, traz o risco da reocupação das áreas afetadas (o que já vem se anunciando) e a consequente formação de um cenário macabro de mais destruição e mortes.

É preciso levar o problema a sério, inclusive com a efetiva participação do Ministério Público (inclusive o Federal), para que se apure o que realmente está acontecendo e se caminhe para a solução definitiva: A CONSTRUÇÃO E ENTREGA DAS CASAS, sem mais promessas, "vistorias" ou "Comissões" de políticos.